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Podemos ‘lava as mãos’ em Lages

ASSUNTO FOI PARA A EXECUTIVA ESTADUAL QUE ENCAMINHA SITUAÇÃO DO VICE-PREFEITO PARA A COMISSÃO DE ÉTICA DO DIRETÓRIO NACIONAL

Estranha e desncessária.

Duas palavras que podem resumir a posição do Partido Podemos, no qual está filiado o vice-prefeito de Lages, Jair Júnior. A sigla, em âmbito municipal não tomou nenhuma providência – mesmo que em caráter temporário – em relação ao assunto que sangra. Com o acovardamento de lideranças locais em, pelo menos, tomar uma decisão que dê resposta à sociedade, optou-se por remeter a questão à Executiva Estadual. Talvez faça parte do protocolo, mas não é o que o lageano esperava.

O QUE SE DECIDIU EM

ÂMBITO DE ESTADO?

Absolutamente nada foi decidido ou encaminhado em caráter precário, que poderia ser uma medida de afastamento temporário do vice da sigla enquanto se instrui o processo judicial e o político. A presidente do Podemos, deputada Paulinha, veio à Lages, às pressas, para dizer que o assunto foi remetido à Executiva Nacional. Em Brasília a Comissão de Ética do Podemos vai dar a letra.

ENTRETANTO

Mesmo que seja por uma eventual medida de censura, suspensão ou desfiliação, quem vai fazer isso em Brasília desconhece a realidade do ocorrido em Lages. E mesmo que cheguem informações para embasar a decisão, não será nem perto daquilo que os dirigentes do Podemos têm conhecimento aqui em Lages ou SC.

SIGNIFICA QUE…

No caso do vice, o Podemos de Lages prefere manter no convívio e nas fileiras, até que o Grande Pai (a Executiva Nacional), avalie. Até porque, aqueles do convívio temem lhe ‘fazer algum mal’ de forma precipitada. Assim, o Podemos passou a sangrar juntamente com o vice. O excesso de zelo por se entender que o piá só fez uma molecagem das que lhe são característica não soma às lideranças da sigla.

REUNIÃO DE EMERGÊNCIA

E numa colocação mal das palavras, a presidente do Podemos, deputada Paulinha, ao falar sobre o tema na frente da Catedral de Lages, disse que ‘a gente vai apagar essa situação da história’. Abordou o tema, após se reunir com a prefeita Carmen e o presidente da Câmara, Maurício Batalha, no escritório do deputado Lucas Neves, inclusive com esse, para medir a febre da crise.

O registro acima integra vídeo da própria deputada Paulinha conversando com os cabeças do Podemos em Lages e com a prefeita Carmen Zanotto e na sequência pregando o ‘apagar a situação da história’.

APAGAR COMO, DEPUTADA?

Nenhum caso de violência contra a mulher deve ser ‘apagado da história’. A violência não deveria ocorrer. Mas diante daquilo posto, exteriorizando uma realidade grave e combatível, a situação deve servir de alerta para que outras mulheres não passem pelo mesmo tipo de violência. As mulheres precisam ser encorajadas a se defender e não ter os perrengues sofridos apagados da história. Isso porque, pessoas podem perdoar, mas a história não perdoa!

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