DEPUTADO FALA NA CLUBE FM SOBRE O PROJETO DE LEI QUE TRAMITA NA ALESC E PROÍBE PLANTIO
Tanto no projeto de lei quanto na fala do deputado Ivan Naatz (PL), cita-se o propósito de proibir do plantio de pinus elliottii na Coxilha Rica. Talvez por ignorância (não no sentido de burrice, mas de desconhecimento), quando se lança a ideia de especificar a proibição da variedade elliottii significaria que o pinus taeda poderia ser plantado.
NAATZ IRONIZA SOBRE
GERAÇÃO DE EMPREGOS
Na verdade quando se contexta o projeto, não se refere apenas ao plantio em si, mas a cadeia produtiva gerada pela atividade. Nisso se inclui além do plantio, o manejo do reflorestamento, o corte, transporte e manufatura da madeira nas indústrias tanto da Serra quanto do Alto Vale e de outras partes do Estado e do País, para onde vai a tora do pinus. Naatz ironiza:
“Deve ter muito emprego lá na Coxilha Rica. Deve ter muito emprego lá para quem planta pinus. Deve ser uma coisa extraordinária. Deve ter milhares de empregos lá. Eu não tenho dúvida que proibir de plantar pinus na Coxilha Rica, nós vamos deixar muita gente desempregada… Eu fico até assustado com o número de pessoas que vão (sic!) ficar desempregadas se não plantar mais pinus na Coxilha Rica. Uma coisa que vai fechar o comércio de Santa Catarina. Vai acabar a fila da sopa… vai acabar a fila da sopa em Lages”.
‘INGERÊNCIA’ POLÍTICA
Durante a fala na Clube FM o deputado Ivan Naatz acusa a indústria madeireira de sustentar campanhas políticas, o que não verdade é algo contrário à lei, visto que nenhuma empresa pode aportar um único centavo em qualquer campanha eleitoral, independente de quem seja candidato:
“Eu sei que a indústria madeireira é muito forte. Ajuda muita gente politicamente. Dá dinheiro para campanha (política). Apresenta candidatos como seus favoritos. Enfim, tem de tudo isso aí…”.
Para admiração do setor empresarial, Ivan Naatz é deputado do PL, sigla que se caracteriza pela postura desenvolvimentista, inclusive com ele somando 106 votos em Lages para conquistar o mandato que ocupa.
E…
Embora também questionável, mas se o projeto ‘engessante’ que combate a propriedade privada na Coxilha Rica, viesse de alguma liderança de partidos de esquerda, seria entendível. Mas logo de um liberal que inclusive a linou com seis em cada dez votos na eleição de 2022 aqui na região. Há quem interprete que Naatz ‘comprou’ a ideia de alguém sobre o tema e agora quer ir até o fim nesse engessamento da propriedade privada em Capão Alto e Lages.