LÁ SE VÃO MAIS MILHÕES AO AEROPORTO. MAS A EMERGÊNCIA DO MAIOR HOSPITAL PÚBLICO DA SERRA CATARINENSE ATÉ AGORA, NADA
Nada, absolutamente nada contra investimentos e melhorias na estrutura aeroportuária da Serra Catarinense. Pode ser no aeroporto de Lages, Correia Pinto, São Joaquim, enfim, é tudo válido e bem-vindo. Logo, que ninguém atire pedras de que há aqui um discurso contrário a tais investimentos.
ENTRETANTO
Há um profundo lamento porque tem segmentos que recebem atenção e aporte numa velocidade impressionante, enquanto outras, absolutamente mais urgentes, ficam em um canto da lista de prioridades.
EXEMPLO PRÁTICO DISSO
Temos um único voo comercial (infelizmente) operando entre Correia Pinto e Campinas pelo aeroporto da Serra Catarinense. E esse único voo da Azul, por questões de logísticas da empresa, é inconstante. E por entendimentos diversos, resolveu-se investir mais na estrutura. Nada contra, como observamos. Mas lá se vão mais R$ 2.900.000,00. Enquanto isso, uma emergência hospitalar para atender o coletivo serrano, padece de pressão e ação para entrar em operação.
DO QUE FALAMOS?
Vem do governo anterior ao governo anterior as tratativas e providências para colocar a ampliação do Hospital Tereza Ramos em funcionamento, inclusive dotando a estrutura de uma emergência para especialidades (cardio, orto, etc). Mas a coisa não anda. A Secretária de Estado da Saúde, lageana atuante, Carmen Zanotto, poderá deixar a função (para disputar a eleição) e nada do serviço de emergência naquele hospital público. Não tem deputado, liderança empresarial, ninguém que bata na mesa para exigir essa providência.
SEM QUERER COMPARAR…
É difícil compreender a lógica de que dinheiro para aeroporto é mais fácil de liberar, se as pessoas têm maior urgência e necessidade de atendimento na Saúde. E num comparativo entre mais estrutura em um aeroporto com apenas um voo capenga ou uma emergência hospitalar, não ha dúvida que a necessidade humana do serviço de emergência vai prevalecer. Todos sabem dessa lógica. Mas não há luta para isso.
O aeroporto vai mudar até de cor pelo novo projeto. Ótimo, não há, como observamos, discurso contra a viabilização de mais estrutura, desde que haja utilização da mesma e o local não se torne um paradouro de quero-quero com apenas um voo inconstante. Mas aqueles que se debruçam na defesa dessa demanda, deveriam estar atento às prioridades humanas, representadas por questões como a emergência do Hospital Tereza Ramos.
ASSIM…
As lideranças deveriam gastar mais energia, empenho, dedicação e esforço para prioridades urgentes e não aparentes falsas prioridades. A menos que alguém queira levantar a voz para apontar que um emergência hospitalar não tem lá a urgência, como entendemos se constituir!