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Lages: Fidelidade e voto não casado

ELEITOR DE ELIZEU NÃO VOU NOS VEREADORES DO MDB. COM LIO MARIN FORAM OS VEREADORES QUE NÃO FIDELIZARAM O VOTO

Seguem o ritual de interpretação dos dados na eleição deste ano em Lages. A análise com a matemática dos números das urnas na é minha, mas faz sentido. Trata-se da interpretação sobre o chamado ‘voto casado’ onde o candidato a vereador pede voto para si e ao candidato a prefeito que está apoiando. E entre as candidatas Carmen Zanottoe Cláudia Bratti, os números fecharam. Já Lio Marin e Elizeu apresentam situações opostas e sem o ‘casamento’ do voto para vereador e prefeito.

CARMEN E CLÁUDIA

Todos os candidatos de partidos que estavam coligados na majoritária com Carmen Zanotto somaram 50.905 votos. Ela foi eleita com 50.734 votos. Significa que quem votou para os vereadores do time da prefeita eleita, via de regra, votou também para ela. Foram apenas 171 votos a mais para os vereadores em um universo de 50 mil votos, evidenciando a fidelidade. Embora com quantitativo absolutamente menor, com Cláudia Bratti ocorreu a mesma situação. A petista recebeu 3.225 votos e os candidatos a vereador da federação somaram 3.075 votos. Apenas 150 votos a mais para ela em relação aos conquistados pelos concorrentes à Câmara.

Carmen Zanotto e Cláudia Bratti obtiveram para a majoritária a votação que os candidatos a vereador que estavam com elas, somaram na disputa

ELIZEU E A INFIDELIDADE AOS VEREADORES

O eleitor que votou em Elizeu Matos não fez a mesma coisa aos candidatos de partidos que estavam com o emedebista. Isso explica o fiasco nas urnas da chapa a vereador do MDB, conquistando apenas uma vaga (a reeleição de Freitinhas). Enquanto Elizeu somou 21.021 votos, seus candidatos a vereador (dos partidos coligados na majoritária) fizeram apenas 10.123 votos. Menos da metade de votos dados à majoritária foi obtida pelos candidatos a vereador.

Se o eleitor de Elizeu fidelizasse também os votos para vereador, além de Freitinhas (acima), o MDB teria eleito Wagner Lima, Gentil da Silva e Fernando Amaral, deixando o Sargento Sobrinho como primeiro suplente

PROCESSO INVERSO COM LIO MARIN

Em relação ao candidato do União Brasil aconteceu uma situação inversa àquela relacionada a Elizeu. Os candidatos a vereador dos partidos que estavam na majoritária com Lio Marin, não fidelizaram os votos. Especialmente PP e PSD pulverizaram os votos em outros candidatos da majoritária. Tanto que Lio Marin obteve 11.690 votos. E todos os candidatos a vereador que estavam com ele, somaram 23.245 votos.

Robertinho, que se reelegeu, foi exemplo da não fidelização de votos a Lio Marin. Numa estratégia que lhe tirou votos, na semana da eleição anunciou adesão ao candidato do MDB. Isso explica a razão de Lio, que tinha o PSD de Robertinho na coligação majoritária, ter feito a metade dos votos que os candidatos a vereador obtiveram.

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