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Gestão terá que ‘proteger’ Transul

COMBATE À CONCESSIONÁRIA DO TRANSPORTE COLETIVO É COISA DO PASSADO PARA O FUTURO VICE-PREFEITO

É preciso entender que Jair Júnior estava numa estratégia política ao longo dos últimos anos que lhe renderam a ascenção ao segundo cargo político mais importante de Lages. E nessa postura, apesar de críticas, inclusive nossa – e a nós por parte dele -, o vereador cumpriu seu papel. Quer seja combatendo a gestão que finda – com um dos maiores índices de rejeição da história – ou em cruzadas como a contrariedade ao aporte público à Transul. Vez ou outra, Jair Júnior saiu da linha, invadindo o íntimo e pessoal das pessoas, mas tudo fez parte de um jogo onde o eleitor aprovou ao ponto de lhe eleger vice-prefeito.

EM RELAÇÃO À TRANSUL

Jair Júnior até o advento da lei municipal que aprovou o repasse mensal da prefeitura para ajudar a Transul – combatendo o déficit e desequilíbrio entre o que gasta e arrecada – foi ferrenho crítico. Disse-nos na semana passada que a postura combativa se dava porque inexistia lei. “Com a aprovação da Câmara se estabeleceu parâmetro e me recolhi de qualquer crítica”.

Porque ‘nos sabemos o que você fez no novembro de 2021 passado’ a notícia publicada pela colega Olivete Salmória evidencia que não apenas o próprio Jair Júnior, mas as vereadoras do Cidadania (Suzana e Elaine) votaram contra aquilo que agora terão que aplaudir e apontar que a gestão que finda tinha razão na providência. O tempo é um juiz implacável!

E MAIS

O vice-prefeito eleito sabe que o município precisa continuar tirando cerca de meio milhão de reais todo mês dos cofres próprios – do orçamento – para ajudar a fazer o sistema do transporte coletivo rodar em Lages. Sem o aporte, o serviço entra em colapso e há risco da prefeitura ter que assumir (porque é tarefa dela disponibilizar transporte coletivo, podendo fazer – como faz – através de concessão).

Já mostramos essa tabela onde (em maio deste ano) o aporte necessário beirava o meio milhão de reais. E que havia, há 8 meses, mais de R$ 1 milhão que a prefeitura estava defendo entre o custo da Transul e o que realmente era aportado.

E o grande problema da Transul, como já abordamos, reside na realidade do gráfico acima onde, depois de 2019, a empresa nunca mais transportou passageiros em quantitativos próximos ao que se fazia até então.

E o próprio vice-prefeito eleito, que aparece nesse retrato ouvindo explicações do diretor Humberto Arantes e, depois da conversa, mantendo a artilharia de críticas (porque não havia lei sobre o repasse da prefeitura à Transul), terá que ajudar a proteger a empresa. Do contrário, será mais uma encrenca de difícil solução que sobrará para a nova gestão, em um eventual recolhimento da empresa de operar em Lages por causa do déficit histórico que é inconteste, considerando dados.

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