LAGES TINHA 250 ANOS QUANDO CERON ASSUMIU O COMANDO. IDEIA É APRESENTAR AVANÇOS DOS ÚLTIMOS OITO ANOS
Se pegarmos dados econômicos, considerando arrecadação e geração de empregos, por exemplo, Lages está longe de ser terra arrasada, parafraseando o termo utilizado pelo próprio atual prefeito na tomada do poder em 2016. E para se aproximar de 2.000 vagas de empregos geradas em 10 meses deste ano a mais que as demissões no período – um terço dessas somente na indústria (768 vagas até setembro) – é porque há um pulsar bem mais positivo que a síndrome de hiena que reina entre alguns.
NESSE DIAPASÃO…
Porque assumiu Lages quando a cidade chegou a 250 anos de existência e a comanda há quase 8 anos, o prefeito Ceron, através de sua retaguarda pensante, não quer que as conquistas sejam engolidas pelo noticiário perverso (e verdadeiro) dos tempos de agora, transformando o findar dos dois mandatos numa melancólica miloga do Vai Com Deus. A área de Comunicação – uma das que falhou muito nesse período por não ‘vender’ a coisa como ela é – anuncia uma série chamada Lages e os seus mais recentes 8 anos.
O QUE SE PRETENDE ENTREGAR?
A proposta é apresentar até a sexta-feira, 22, quando a paróquia chega aos 258 anos, uma sequência de ações e informações sobre os feitos desde janeiro de 2017. Sim, há. E há muito. A infraestrutura da cidade, apesar das vias em pandarecos por causa da perda da guerra para os buracos, evoluiu sobremaneira. Quando cita 100 km de asfalto em 8 anos, Ceron não exagera. E tem programas sociais e políticas públicas que funcionaram bem. É isso que se pretende apresentar, aproveitando o ensejo do aniversário e a despedida do Gringo da função.
A série que também poderia se chamar O que é que eu fiz, meu Deus do Céu… Nesses últimos oito anos, tem a informação ilustrada pela fotaço acima do Marlon Sá Molin (MSM) e deve ter o conteúdo despejado nas redes sociais para que o coletivo consuma.
ENTENDAMOS QUE…
A atual gestão enfrenta um desgaste histórico por causa de um erro de planejamento. Quando caiu aquele dilúvio (chuvas de outubro e novembro do ano passado), ao invés de se imprimir uma ação de reação e combate ao caos gerado nas ruas, com vias cheias de buracos, houve um relaxamento. O pessoal saiu de férias em dezembro e janeiro. Depois, o retorno foi desacelerado e as crateras se avolumaram. Para piorar, as chuvas de abril e maio tornaram pior o que estava ruim e a prefeitura nunca mais conseguiu controlar a infraestrutura.
E…
Somado ao desgaste causado pela operação mensageiro, a situação estrutural (buracos, coleta de lixo, cidade às escuras) gerou uma rejeição sem precedente aos do Paço. Entretanto, foi um erro não calculado de lidar com esse varejo que deixou a maior parte da população uma arara com os gestores. Isso porque, há ações macros positivas e resultados excepcionais, nunca antes alcançados na cidade.
E…
A série anunciada tenta ‘vender’ o que foi feito de bom. Mas cada vez que surgirem os bons números, o lageano vai lembrar do lixo (ainda) acumulado, as obras (em andamento) naquele ritmo lento e os tais buracos que conseguem desagradar a todos. Lages e os seus mais recentes 8 anos não foi ruim. Mas há situações estruturantes que para ser considerado ruim, precisa melhorar muito!