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Vem para o mundo, Raimundo!

O QUE LEVA O EX-GOVERNADOR DE SC A PERMANECER RECOLHIDO NA DISPUTA ELEITORAL DE LAGES?

Frequentando do nível do mar ao Oeste nesses últimos dias de recolhimento de algumas lidas em Lages, uma indagação se fez presente para nós, por mais de um interlocutor:

– Por qual razão Colombo não foi para a TV e para as ruas pedir votos nesta eleição em Lages?

ENTENDIMENTO É O SEGUINTE

De Florianópolis a Chapecó, passando por todos os municípios da Serra Catarinense, todo mundo sabe que Lio Marin é um projeto de alternativa política construído também com a bênção do ex-governador Raimundo Colombo. E o próprio Lio Marin nunca escondeu isso, tendo dito na primeira entrevista como pré-candidato que deu na Rádio Clube FM que recebia conselhos de Colombo e que não renegaria a experiência e conhecimento de um líder como o ex-governador. Daí que, se todo mundo sabe com quem Colombo está, não sobrevive razão para ele aparentar que não está.

ADEMAIS É O SEGUINTE

Impossível que Colombo não tenha consideráveis votos em Lages. Ele foi governador e, apesar de um desgaste (in) explicável, como cabo eleitoral deve (ou deveria) somar mais que tirar votos. Também tem o fato que, em caso de derrota do candidato que ele exteriorizar o pedido de votos, será apenas mais um revés numa carreira onde a ausência de êxito nas urnas também fez (e faz) parte.

E…

Sem contar – e já contando – que seria a oportunidade de tentar dar o troco no tombo diante de Jorginho Mello no pleito de 2018 quando um vídeo da estrada da Coxilha Rica teria sido determinante para o ex-governador perder a corrida ao Senado para o atual governador. O que Colombo não pode é bancar aquele prefeito da Amures cujo candidato a deputado bateu em seu gabinete, pediu apoio e recebeu como resposta:

– Eu te apóio, mas não conte para ninguém!

Quando da apresentação da candidatura de Lio Marin lá estava Raimundo Colombo. Daí que o recolhimento durante a campanha (nas ruas e na TV), por mais estratégico que seja, soa estranho.

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